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Marquês de Sapucaí completa 40 carnavais

O Sambódromo está em festa. Este ano, o espaço localizado na Rua Marquês de Sapucaí completa 40 anos. O projeto do arquiteto Oscar Niemeyer foi apresentado em 1983 e sua construção levou apenas quatro meses para ficar pronta, sendo inaugurada no carnaval de 1984.

Antes do Sambódromo ser entregue à população, os desfiles das escolas de samba passaram por quatro lugares diferentes no Centro do Rio de Janeiro: Praça XI, Avenida Presidente Vargas, Avenida Rio Branco e Avenida Presidente Antônio Carlos. A construção da Passarela do Samba, na Marquês de Sapucaí, foi responsável por fazer desta famosa rua o templo da folia carioca e fluminense.

A Sapucaí se tornou palco do Maior Espetáculo da Terra, virou ponto turístico e ainda abriga o projeto de educação de Darcy Ribeiro, que, no período letivo, dá lugar a salas de aulas, que funcionam em meio às estruturas criadas por Niemeyer.

O desenho original do Sambódromo já passou por modificações, mas conserva o conceito inicial, projetado por Niemeyer, com as arquibancadas suspensas, deixando assim que a Avenida seja ocupada pelo povo, os donos da festa.

“A ideia principal foi isso, foi fazer o carnaval voltar para o povo. Que todos tenham acesso a parte térrea, às praças previstas pelo povo, de modo que as arquibancadas e os camarotes são elementos suspensos, de modo que não prejudiquem esse aspecto popular, que ao meu ver era o mais importante”. disse o arquiteto Oscar Niemeyer, em entrevista à TV Globo, em 1983.

A construção carrega em sua fundação o objetivo de oferecer um espaço dedicado à celebração da cultura brasileira. O Sambódromo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e se estabeleceu como um marco da Arquitetura e Urbanismo do país, orgulhando o coração do Rio de Janeiro que bate no ritmo das baterias.

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