Uma solenidade realizada na sexta-feira (27) na Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), em Botafogo, marcou o início da reforma de seus jardins históricos. O tradicional espaço ganhará novo projeto paisagístico, de iluminação e sinalização, além de receber mobiliário contemporâneo e sustentável. Também farão parte da revitalização melhorias na pavimentação e na acessibilidade.
A cerimônia contou com a presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, do presidente da Fundação Darcy Ribeiro, Paulo Ribeiro e do assessor da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Fábio Kerche. O vice-presidente do CAU/RJ, Luiz Fernando Valverde, também participou do evento. Na ocasião, foi apresentada a nova presidente da FCRB, a historiadora Lia Calabre.
O CAU/RJ parabeniza a Fundação Casa de Rui Barbosa pelo início da execução do projeto de revitalização e restauração do jardim histórico da Casa, considerado pelo vice- presidente do CAU/RJ, Luis Fernando Valverde, um grande presente nos 450 anos da cidade do Rio. “Este jardim de grande interesse histórico e artístico é também uma das mais importantes área verdes do bairro de Botafogo, intensamente usado pela sua população. O CAU/RJ saúda todas as instituições e profissionais que colaboraram para que este projeto se tornasse realidade, contribuindo para a preservação do patrimônio histórico, arquitetônico e paisagístico do Rio de Janeiro”, afirmou.
O jardim da Fundação será feito nos moldes da Carta dos Jardins Históricos Brasileiros e será o primeiro do país a se enquadrar aos padrões da Carta de Florença, da Organização das Nações Unidas para Educação e Cultura (Unesco). A reforma, que receberá investimento de R$ 5,5 milhões, permitirá que o horário de visitação do local seja estendido e que o jardim fique aberto até às 21 horas.
Com área de 6,2 mil m², o jardim foi construído a partir de 1850 e, em 1880, recebeu grande reforma, com elementos românticos, como pontes, lagos e quiosque. Rui Barbosa, jurista, político, escritor e personagem importante na consolidação da República, viveu na casa com a família de 1893 até a sua morte, em 1923. Em 1930, o lugar se transformou em museu.