
O gerente de fiscalização Rodrigo Abbade e a fiscal Elaine Rossi durante apresentação (Foto: Marina Mendes)
O CAU/RJ participou nessa segunda-feira (26) de reunião de orientação, organizada pelo Rock in Rio (RIR), no Hotel Courtyard, na Barra da Tijuca. A reunião contou com a presença de cerca de 150 pessoas de empresas envolvidas na concepção e execução de projetos dos espaços que integrarão a Cidade do Rock, representantes das marcas patrocinadoras, engenheiros e arquitetos do RIR, além de órgãos públicos. A organização do evento informou que esta é a segunda edição do Rock in Rio que conta com este tipo de palestra de esclarecimento. Em 2015, o Conselho também esteve presente.
Na apresentação do CAU/RJ, o Gerente de Fiscalização Interino Rodrigo Abbade e a fiscal Elaine Rossi destacaram a importância de os serviços técnicos prestados no evento serem realizados por um profissional habilitado, com o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), no caso de arquitetos e urbanistas. Eles também tiraram dúvidas sobre RRTs e sobre as atribuições profissionais dos arquitetos e urbanistas.
A representante da empresa Facility Doc, Fernanda Bento, era uma das profissionais presentes na palestra. “Trabalho em uma empresa que cuida do processo burocrático para legalizar um evento junto aos órgãos competentes. Para nós, esses cuidados fazem parte da rotina. Mas para quem não está familiarizado, essas orientações são muito importantes. Ajuda a evitar vários erros”, afirmou.
O arquiteto e urbanista Gustavo Menegazzo, que presta serviços para a empresa Chilli Beans, aproveitou a presença do CAU para tirar dúvidas sobre o preenchimento do RRT. Já a arquiteta e urbanista Natália Diniz, da empresa Spoladore, que atua na produção do Game XP, esclareceu uma dúvida recorrente entre os profissionais: “Neste tipo de evento, sempre preencho o RRT com a opção arquitetura efêmera, mas alguns colegas insistem que o correto seria arquitetura mista”, contou.
Arquitetura efêmera
Natália Diniz tem razão. Trata-se de arquitetura efêmera, já que os projetos são pensados para serem desmontados posteriormente. Apesar do caráter temporário, os espaços montados para festivais, frequentemente, envolvem estruturas complexas e, assim como qualquer outro projeto arquitetônico, devem obedecer aos critérios de segurança, conforto, acessibilidade e responsabilidade técnica.
O assistente de operações do Rock in Rio Filipe Canongia destacou a característica do festival de aproximar os profissionais dos órgãos públicos. “Entendemos que o objetivo dos órgãos fiscalizadores não é autuar e punir, mas dar orientações para que o trabalho seja desenvolvido segundo as normas vigentes. Com essas palestras de orientação, as multas às empresas envolvidas na produção do festival caíram drasticamente”, contou.
A fiscalização do CAU/RJ também estará presente durante a montagem das estruturas da Cidade do Rock para apuração da regularidade dos serviços. O Rock in Rio acontecerá de 15 a 17 e 21 a 24 de setembro no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca.