A Comissão de Política Urbana (CPU) do CAU/RJ realizou, no dia 16 de março, o debate “O futuro do Reviver Centro”. O evento contou com a participação da diretora de Urbanismo da Federação das Associações de Moradores do Rio de Janeiro (FAM-Rio), Sônia Rabello; do presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Marcos Saceanu; e da coordenadora da CPU-CAU/RJ, Rose Compans.
Rose Compans fez um panorama dos primeiros dois anos da Lei 229/21, lembrando que o principal objetivo do programa era aumentar a população residente no Centro do Rio, especialmente entre a população com faixa de renda de 0 a 3 salários mínimos. Neste período, foram concedidas 23 licenças para imóveis residenciais ou mistos, com 1994 unidades. “O padrão que tem sido apresentado nos lançamentos imobiliários são de estúdios, apartamentos pequenos, com valor do m² bastante alto e voltado para investidores, para aluguel empresarial ou Airbnb”, explicou. “Qual é o risco disso? Isso resolve a questão de aumentar o número de residentes do Centro?”, questionou.
“O que a gente mais defende é o debate sobre a cidade, não só em relação ao Centro, como no Plano Diretor”, afirmou o presidente da Ademi, Marcos Saceanu. Ele lembrou que os novos empreendimentos dependem de viabilidade técnico-financeira, segurança jurídica e visão de longo prazo e destacou as oportunidades de reconversão de prédios na região. “A viabilidade técnico-financeira de fazer um retrofit no Centro da cidade é muito prejudicada, mas não será diferente. O Centro nascerá através de retrofit”, avaliou.
Já Sônia Rabello falou do Reviver Centro sob a perspectiva jurídica e representante da associação de moradores FAM-Rio. Ela cobrou a apresentação de diagnósticos e projeções, além de maior participação da sociedade civil.
Assista ao evento na íntegra:
https://www.youtube.com/watch?v=D0CmfV5t3_U