O projeto para a reconstrução do Museu Nacional teve fotos divulgadas pelos escritórios vencedores. A instituição científica mais antiga do Brasil, destruída em um incêndio de grandes proporções em setembro de 2018, terá novo desenho, ainda mais integrado ao parque Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. O espaço terá mais acessibilidade, com rampas de acesso na lateral do prédio, e estrutura ainda mais conectada ao jardim.
O projeto foi elaborado pelos escritórios Atelier de Arquitetura e Desenho Urbano e pelo H+F Arquitetos, que também é o responsável pelas obras no Museu do Ipiranga, em São Paulo. A seleção foi feita com a participação e coordenação da Unesco, do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e de diversos especialistas das áreas de arquitetura, patrimônio cultural, engenharia e museologia.
Como forma de preservar a história e memória da construção, os arquitetos e urbanistas optaram por deixar sem reboco algumas paredes danificadas pelo incêndio. Os autores do projeto também preferiram valorizar o pé direito alto do edifício, com a criação de passarelas e escadas metálicas entrecruzadas.
“Um projeto como esse parte do princípio de que é necessário pensar, desde o começo, todas as medidas de segurança, tanto do público quanto do próprio patrimônio, como um ponto de partida da arquitetura do edifício — como seria em qualquer circunstância na construção de um museu contemporâneo”, afirma Eduardo Ferroni, do H+F Arquitetos, em entrevista à Casa Vogue. De acordo com o arquiteto e urbanista, o layout e a construção do novo espaço de exibição vão permitir que a circulação de pessoas se dê forma “mais racional e segura”.
O Museu deve ter ao menos um bloco inaugurado em 2022. O investimento para esta fase será de R$ 2,69 milhões, que serão custeados pelo projeto Museu Nacional Vive, apoiado por diversas empresas.
*FOTOS: DIVULGAÇÃO / ATELIER DE ARQUITETURA E DESENHO URBANO
*Com informações da Casa Vogue