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Evento Masterplan do Centro do Rio lota auditório do CAU/RJ em discussão sobre futuro da região

O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões; o chefe de Departamento de Estruturação de Projetos Imobiliários do BNDES, Osmar Lima; o vice-presidente do CAU/RJ, Carlos Abreu; o presidente do CAU/RJ, Sydnei Menezes; a presidente do CAU/BR, Patrícia Sarquis, a Conselheira Federal pelo Rio de Janeiro, Leila Marques e o presidente do Instituto Pereira Passos, Manoel Vieira.

Profissionais de arquitetura e urbanismo se reuniram no auditório do CAU/RJ, no dia 30 de abril, para discutir o futuro da região central da cidade no evento “Masterplan do Centro do Rio: uma visão de futuro”. O estudo, contratado pelo BNDES e pela Prefeitura do Rio de Janeiro, teve como principal finalidade abordar uma visão de futuro de um Centro “verde, habitável e atraente”, a partir de 46 imóveis subutilizados.

“Este projeto revisita o Centro do Rio de Janeiro, uma área com potencial enorme de prédios, que foram devidamente levantados e pesquisados, e poderá trazer uma oportunidade enorme de participação dos arquitetos e urbanistas no sentido de revitalizá-los, reestudá-los, reintegrá-los a um novo cenário para um novo uso do centro da cidade”, afirmou o presidente do CAU/RJ, Sydnei Menezes, na abertura do evento.

O vice-presidente do CAU/RJ e coordenador da Comissão de Política Urbana e Ambiental (CPUA), Carlos Abreu lembrou que o CAU/RJ é um espaço aberto para discussão de toda a sociedade, onde não só arquitetos e urbanistas, como técnicos e engenheiros são bem-vindos. “O Rio de Janeiro vive um momento pós-pandemia que agravou o processo de deterioração do Centro. Temos uma cidade em termos de bens históricos tombados que se equipara a Salvador. Mas, infelizmente, muitas vezes esses tombamentos acabam sendo literais”, avaliou.

“A pandemia aconteceu e tudo foi questionado desde o número de pessoas no Centro, otrabalho remoto, compras online, então precisamos ter um novo olhar para a região central das nossas cidades. Parabéns por vocês serem protagonistas nesse projeto”, complementou a presidente do CAU/BR, Patricia Sarquis.

Para a Conselheira Federal pelo Rio de Janeiro Leila Marques, cabe ao CAU/RJ apresentar o projeto à sociedade, independente do juízo de valor e se há críticas a ele. “O papel do CAU/RJ é fazer essa interlocução com a sociedade. O Masterplan é um projeto que vai tratar de arquitetura, de retrofit, de prédios a serem conservados, de urbanismo, de mobilidade, de áreas verdes, de espaços traçados. É um projeto completo e a gente dá valor a isso em uma cidade como a nossa, uma metrópole problemática, que precisa continuar a crescer, mesmo que sem se expandir, como diz o arquiteto e urbanista Washington Fajardo”, disse a Conselheira Federal.

Também participaram da mesa de abertura, o chefe de Departamento de Estruturação de Projetos Imobiliários do BNDES, Osmar Lima; o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões e o presidente do Instituto Pereira Passos, Manoel Vieira. Em seguida, o evento contou com a apresentação do Masterplan propriamente dito, pelo CEO da Finarq, Álvaro Albernaz. A segunda mesa do dia teve, ainda, a participação do assessor do Gabinete da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), João Carlos Barboza Carneiro, do professor da UFRJ, Mauro Osório e do CEO da Urbanacom, Carlos Fernando Andrade.

O assessor do Gabinete da SPU, João Carlos Carneiro (foto), apontou uma mudança de diretriz do Governo Federal, até então centrada na desestatização e desmobilização dos ativos públicos, para uma discussão sobre a função social dos imóveis. Ele apresentou o Decreto 11.929, de fevereiro de 2024, que prevê a democratização dos imóveis da União com o programa chamado Imóvel da gente. O programa está estruturado em 4 grandes linhas: a primeira busca prover áreas da União para provisão habitacional; a segunda promove a regularização fundiária e a urbanização; a terceira destina áreas da União para apoio a programas governamentais em todas as suas vertentes, saúde, educação, segurança, energia; e q quarta linha é voltada para empreendimentos de múltiplos usos de grandes áreas. “A cidade do Rio tem que se reestruturar, ter um projeto e o centro do Rio ser um hub dessa cidade metropolitana”, defendeu Osório.

O projeto do Masterplan levou quinze meses para ficar pronto e contou com uma equipe de 50 profissionais, dos quais 20 eram arquitetos e urbanistas. “Em tudo que a gente analisou, a prioridade sempre foi o ser humano, educação, renda, longevidade, a prioridade não era o capital”, afirmou o CEO da Finarq, Álvaro Albernaz, que coordenou o projeto.

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