Seminário de Política Urbana: Como melhorar a qualidade de vida nas cidades
Confira o que aconteceu na segunda mesa do evento
6 de julho de 2018 |
|
“Estruturação Urbana: Habitação Social, Mobilidade e Uso do Solo” foi o tema da Mesa 2. Com mediação da conselheira do CAU/BR Josemée Gomes de Lima (AL) o debate tratou da distribuição da ocupação do espaço urbano, uso e acesso à terra, densidade urbana e promoção da qualidade de vida nas áreas urbanizadas. Josemée afirmou ser uma honra participar do Seminário para tratar de temas tão importantes quanto habitação, mobilidade e qualidade de vida. “Discutir a habitação social é um dever, especialmente nesse momento em que vivemos em nosso país”, completou.
ASSISTA AO VIVO: SEGUNDO DIA DO SEMINÁRIO
“A luta é política”, reforçou Gilson Paranhos, presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB). “Penso que a primeira ação concreta, política, é essa de reunirmos aqui todos os presentes. E a maior luta política que sabemos fazer é transformar o falado em prática”, finalizou.
A seguir, Fernando Assad, criador do programa Vivenda, contou a história do projeto de reformas que busca a melhoria de moradias já estabelecidas. “A história começou em um programa de urbanização onde vimos a necessidade de uma iniciativa híbrida: nem somente Estado, nem somente mercado”, disse Assad.
Por sua vez, o arquiteto e urbanista Demetre Anastassakis, do IAB-RJ, falou sobre a importância de repovoar áreas centrais e degradadas das grandes cidades: “A decadência de algumas áreas centrais as fazem valer menos que terrenos novos em áreas longínquas. Imóveis baratos podem atrair um público mais pobre, que pode levar pequenos comércios para essas áreas. O repovoamento acaba levando pessoas da classe média e até algumas mais ricas”, apontou. Sobre segurança, alertou que é uma pauta que deve ser abordada por todos. “Temos que criar maneiras de abordar essa questão com criatividade e firmeza democrática”.
Para fechar a discussão, a arquiteta e urbanista e professora titular da FAU-USP Raquel Rolnik denunciou a lógica perversa da política habitacional que atende ao mercado em detrimento da população que tem necessidade de moradia. “É um problema estrutural que temos que lidar. O que temos hoje são financiamentos de construções populares e de obras de infraestrutura, cuja lógica é o interesse econômico ao invés do interesse da população”, finalizou.