Neste dia primeiro de maio celebraremos o dia do trabalhador
Trazemos este super ciclo de debates em nossas redes, através de uma live pela página do Instagram às 14 horas! 1 de maio é uma data histórica para todos os trabalhadores, temos neste dia o marco de décadas de lutas e celebrações por conquistas para as classes que produzem neste mundo.
As lutas dos trabalhadores atualmente passa por muitas plataformas de segregação, e uma em especial afeta a nós arquitetos que somos e trabalhadores que somos, a segregação sócio-espacial. Os problemas territoriais, sociais, econômicos tocam o cerne de nossa categoria, cuja principal função é planejar, projetar e construir o espaço vivido por todos os cidadãos. Este espaço se torna mais duro nos dias de hoje diante da pandemia que nos assola e aflige, além de revelar a já cruel desigualdade imposta por um sistema segregador de produção do espaço.
Estamos entre o conhecido de tantas lutas, reivindicações e pesquisas e as incógnitas de um vírus desconhecido e de uma crise humanitária. A crise é mundial e sem precedente, mas as cidades brasileiras contém situações de grandíssima vulnerabilidade. A saída será mundial (Vacinas, remédios antivirais, equipamentos), mas também especificamente brasileira (Saúde Pública, Renda de Cidadania, Indústria estratégica de remédios e material hospitalar, garantia de direito à cidade e produção de espaços não segregadores, etc.).
No ventre da luta tem que estar o direito à vida: hoje esse direito que já era precário passa por uma ulterior e dramática precarização. O primeiro objetivo dessa luta é a mobilização imediata para “fazer viver”. Fazer viver hoje significa que essa luta tem que se articular de imediato com o urbano, para ajudar as populações a adaptar seus territórios e espaços a essa urgência. Assim como a vida pós-pandemia enfrentará a recessão econômica, este é o momento em que nosso campo de trabalho, a Arquitetura e Urbanismo precisa planejar e produzir as saídas para disputarmos a construção de cidades mais justas onde Arquitetura não seja um objeto de luxo e exclusividade mas um direito humano de acesso universal.
Segue abaixo programação:
Abertura – a partir das 14h
Eleonora Mascia – Arquiteta e urbanista presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas – FNA. – O papel das entidades e sindicatos na organização do trabalho
O trabalhador na cidade – 14:30h
Luciana Barros – cientista social e coordenadora do Favela sem corona.
Gabriel Avellar – arquiteto de ofício e sócio do escritório RAR Arquitetura.
Alyne Reis – Arquiteta e urbanista, mestranda de Patrimônio, Cultura e Sociedade pela UFRRJ- criadora do coletivo E_spaço e ativista da rede de urbanismo contra o coronavirus.
A cidade para o trabalhador 15:00h
Alexandre Pessoa – engenheiro sanitarista e pesquisador da EPSJV-FIOCRUZ – A cidade – Saneamento, saúde coletiva e direitos humanos
Humberto Kzure – urbanista e professor da DAU-UFRRJ – Reflexões sobre o Urbanismo para além da urbanização,
Raquel Rolnik urbanista e professora da FAU-USP – A cidade é Nossa
FONTE: Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Estado do Rio de Janeiro