O projeto “Eu no Espaço/ O Espaço em Mim”, iniciativa do Itaú Cultural, apresenta obras que retratam a influência dos indivíduos no espaço e a influência do espaço no indivíduo. O público poderá conferir uma sessão de curtas e longas-metragens brasileiros, disponibilizados no site do espaço cultural, até o dia 28 de abril. Após o período, os links e conteúdos serão desativados.
A seleção reúne documentários e filmes de ficção em diferentes épocas e locais do país, explorando pontos de vistas pessoais, históricos e documentais. Confira abaixo a programação completa:
A Cidade É uma Só?
(Adirley Queirós, 2011, 72 minutos)
Reflexão a respeito dos 50 anos de Brasília, tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial e social que uma parcela considerável da população do Distrito Federal e do entorno sofre, e sobre como essas pessoas restabelecem a ordem social através do cotidiano. O ponto de partida dessa reflexão é a chamada Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), que, em 1971, removeu os barracos que ocupavam os arredores da então jovem Brasília. Tendo a Ceilândia como referência histórica, os personagens do filme vivem e presenciam as mudanças da cidade.
[classificação indicativa: 10 anos]
A Cidade Onde Envelheço
(Marília Rocha, 2016, 100 minutos)
Francisca, uma jovem emigrante portuguesa morando no Brasil, recebe em sua casa Teresa, uma antiga conhecida com quem já havia perdido contato. Teresa acaba de chegar e vive momentos de descoberta e encantamento com o novo país, enquanto Francisca anseia por Lisboa. O filme acompanha as aventuras de cada uma pela cidade e a profunda ligação que nasce entre elas, obrigando-as a lidar com desejos simultâneos e opostos: a vontade de partir para um país desconhecido e a saudade irremediável de casa.
[classificação indicativa: 12 anos]
Coração É Terra que Ninguém Vê
(Isabela Vitório, 2018, 21 minutos)
Marilene busca um lugar de afeto e acredita que vai encontrá-lo ao lado de seus netos.
[livre para todos os públicos]
Filho de Peixe
(Igor Ribeiro, 2018, 13 minutos)
O filho de um peixe pode ser um peixe e também pode ser o que ele quiser.
[livre para todos os públicos]
Julho
(Danilo Daher e Daniel Calil, 2019, 15 minutos)
Pulgas, mosquitos e explosões solares. Enquanto a humanidade espera silenciosamente o seu fim, surge uma constatação: quem mata gente é gente.
[classificação indicativa: 10 anos]
Memória de Rio
(Roney Freitas, 2013, 14 minutos)
“Destino, predestinações… meu destino. Estas águas
Do meu Tietê são abjetas e barrentas,
Dão febre, dão morte decerto, e dão garças e antíteses.”
[livre para todos os públicos]
Praça Walt Disney
(Renata Pinheiro e Sergio Oliveira, 2011, 21 minutos)
Sem diálogos e com uma trilha sonora que remete aos famosos desenhos criados por Walt Disney, a obra capta flagrantes do cotidiano da praça localizada no bairro de Boa Viagem, no Recife, Pernambuco.
[classificação indicativa: 10 anos]
Querida Mãe
(Patricia Cornils, 2008, 26 minutos)
Um filme sobre a memória da mãe da diretora, construída por meio de cartas. “Deixa eu contar do princípio tudinho o que nos aconteceu desde o domingo, tá? Primeiro foi a viagem de avião. Medo quase não tive a não ser quando inventava de olhar para baixo e via aquele marzão. Aí eu pensava: se este danado cair daqui de cima não escapa nem meu anjo da guarda.”
[livre para todos os públicos]