O festival de cinema Arquiteturas Film Festival promove uma série retrospectiva de suas sete edições, realizadas entre 2013 e 2019. A iniciativa surgiu como forma de permitir que os espectadores enxerguem o mundo enquanto estão isolados pela quarentena. Cada filme ficará online por uma semana, sendo substituído por um novo título todas as sextas-feiras até o início da oitava edição do festival, adiada para junho de 2021. A série retrospectiva começa nesta sexta-feira (12/06) na página do festival.
Além das exibições dos principais filmes de cada ano, o festival inaugura a película “Misleading Innocence” (2014), uma produção canadense de Francesco Garutti e Shahab Mihandoust. A história retrata o planejamento e política de uma série de viadutos em Long Island, nas décadas de 1920 e 1930 por Robert Moisés. O filme traz o debate acadêmico sobre a relação entre design e política, estratégias de controle e efeitos da tecnologia.
O festival já divulgou a lista de filmes selecionados para a edição de 2021. “Bodies Out of Space” foi o tema escolhido para a 8ª edição, que “visa refletir sobre a construção social do espaço conectado com um fio que circula dentro de suas próprias narrativas de dominação”.
Anualmente o Arquiteturas Film Festival convida um país para participar do projeto, sendo Angola a escolhida para a edição de 2021. Sofia Mourato, diretora do festival, convidou a jornalista e produtora Marta Lança para a curadoria do programa de filmes, oficinas e atividades específicas voltadas ao país.
“Todos os dias acordamos em uma Luanda de resistência. A confluência de tempos e regimes é visível na arquitetura colonial, das casas de escravos ao modernismo tropical, no português falado de forma suave ao neoliberalismo, nos arranha-céus das novas centralidades. Qualquer angolano faria um filme biográfico imperdível. Um país com pouca produção cinematográfica que é um viveiro de histórias maravilhosas à espera de uma câmera para revelá-las.” , afirmou Marta Lança.
*Com informações da Revista PROJETO