Babilônia e Chapéu Mangueira, comunidades localizadas no Rio de Janeiro, receberão sistema de energia solar. A iniciativa está sendo desenvolvida pela ONG Revolusolar, projeto piloto que deve se estender por todo o território nacional. A ideia surgiu como forma de reduzir os custos nas contas de luz dos moradores, já que a tarifa de energia do estado do Rio de Janeiro é uma das mais caras do país.
Segundo a Revolusolar, o modelo adotado será o de Geração Compartilhada, no formato de cooperativa, em que a energia gerada pelo sistema solar será creditada para todos os moradores que forem cooperados. “A cooperativa vai pagar esta locação do ativo para a Revolusolar e os cooperados pagam para a cooperativa uma taxa de manutenção que é de 50% das economias que eles tiveram na conta de luz. Exemplo, se uma pessoa economizou R$ 200 pelos créditos de energia, então ela vai pagar R$ 100 como taxa para a cooperativa e os outros R$ 100 ela vai ficar como economia líquida dela”, explica Eduardo Avila, diretor executivo da Revolusolar.
De acordo com dados, a redução de custo de um sistema de energia solar pode passar dos 80%. Nesse sentido, a implantação desse modelo em locais com famílias de baixa renda é muito importante para a redução de despesas. A porcentagem da renda mensal dessas famílias em gastos com energia irá diminuir substancialmente, permitindo um maior planejamento financeiro.
O projeto conta também com a contribuição das empresas LONGi e GoodWe, que vão doar os equipamentos necessários para a implantação da usina nas comunidades, além do apoio da Associação Brasileira de Energia Solar e do Canal Solar.
Uma campanha de financiamento coletivo para auxiliar na realização da usina fotovaltaica deve ser lançada nas próximas semanas. Empresas e pessoas que quiser contribuir com este projeto, podem acessar a página de arrecadação de recursos da ONG (https://revolusolar.com.br/participe/). O valor será inteiramente revertido para construção da cooperativa, gastos administrativos, pessoal e de obras.