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Home » Notícia » Notícias » Destaques, Notícias CAU/RJ » “Direito à paisagem é direito à cidade”, diz Cristóvão Duarte

“Direito à paisagem é direito à cidade”, diz Cristóvão Duarte

29 de agosto de 2017

O conceito de paisagismo hoje vai além da concepção tradicional, associada ao embelezamento da flora, dos jardins, dos parques. Está ligado ao direito à paisagem e à garantia de uma cidade mais justa e democrática, o chamado verde social. Quem dá essa explicação é o professor e coordenador do mestrado profissional em arquitetura paisagística do Programa de pós-graduação em Urbanismo da UFRJ Cristóvão Duarte. Leia entrevista a seguir.

O que é o direito à paisagem?

É a participação das pessoas que vivem na cidade e o acesso delas aos benefícios produzidos pela urbanização. A paisagem é um componente holístico que envolve muitos elementos da vida cotidiana das cidades desde a arborização, passando pelos parques públicos e pela drenagem das águas pluviais, a mobilidade. A paisagem tem que ser pensada de forma a dar uma resposta a esses problemas, inclusive os de maior gravidade.

Temos exemplos de inciativas, como o Parque Sitiê, no Vidigal, em que os moradores transformaram uma área degradada em um parque. Como deve ser a participação popular na construção dessa paisagem?

Infelizmente, essas são iniciativas isoladas e eu diria heroicas porque vão na contramão de tudo que se faz. A gestão pública deve promover ações que estimulem essas iniciativas. No entanto, não podemos justificar a omissão da União, do estado e, especialmente, do município, que tem uma responsabilidade direta. O Rio de Janeiro tem uma tradição no paisagismo, por influência das obras de Roberto Burle Marx. Temos parques históricos fabulosos como a Quinta da Boa Vista, como o Campo de Santana, o Passeio Público, a Praça Paris e tantos outros. Temos que valorizar esses espaços, incentivar que eles sejam usados pelas pessoas e ampliar a oferta de áreas verdes.

O 13º Enepea, ano passado, formulou diretrizes paisagísticas para as cidades brasileiras do século XXI. Quais destacaria?

O papel das universidades como parceiro potencial das administrações públicas no desenvolvimento de planos e projetos para a paisagem urbana. A população precisa também participar dos processos de decisão e de planejamento. As pessoas têm que ser ouvidas sobre que tipo de cidade e de paisagem desejam. A cidade hoje atingiu um grau de complexidade que desafia a inteligência. Antes das ações, é preciso que haja discussão e planejamento.

Na aula inaugural do mestrado que tivemos, recentemente, o arquiteto e urbanista Luiz Vieira apresentou o exemplo do Parque do Capibaribe, no Recife. O projeto inicial previa a construção de uma via expressa separando a cidade do Rio Capibaribe. Depois de dois anos de discussão a prefeitura decidiu transformar essa via expressa em uma via parque e foi um sucesso absoluto. Está havendo uma reinvenção da cidade a partir do Rio. Essa ideia não é nova. Há 200 anos, um urbanista chamado Idelfonso Cerdá, dizia no Tratado Geral da Urbanização, que é preciso urbanizar o campo e ruralizar a cidade.

Como tem sido a implantação dessas diretrizes nas cidades?Cristovao Duarte

Houve alguns avanços, mas também retrocessos. O cômputo geral é negativo. O passivo ambiental da cidade do Rio é muito grande. Uma das formas de perceber isso é olhar a população excluída, que mora nas favelas, e estão demandando planos de urbanização e de reinserção urbana que não chegam. A reurbanização dos bairros populares é uma das diretrizes.

A mobilidade também está entre essas diretrizes. No entanto, segundo um levantamento feito pela casa fluminense, na Região Metropolitana do Rio, por exemplo, nenhum município elaborou o plano de mobilidade…

É um contrassenso. De um lado temos a vontade do administrador que quer produzir resultados a curto prazo. E os planos para esses interesses imediatistas parece que são camisas de força, que enrijecem as decisões desses administradores. No entanto, as decisões tomadas de forma imediatista produzem graves problemas para as cidades. Nós temos o exemplo recente da Cidade Olímpica. Muitas obras foram feitas, com investimento de recursos públicos, mas elas não conversam entre si. Hoje um dos lugares mais inacessíveis do Rio de janeiro é o Porto. Não está servido pelo metrô, os ônibus têm dificuldade de entrar, tem muitas áreas interditadas. O VLT faz um trajeto limitado que é, praticamente, de caráter turístico. É preciso valorizar o transporte coletivo de massa e planos de mobilidade alternativos, pensando em outras formas de acessibilidade para os centros urbanos.

Com o atual modelo de cidade, você é otimista em relação às oportunidades para o arquiteto atuar e desenvolver bons projetos?

 O arquiteto e urbanista é comprometido com a construção de um futuro melhor. O otimismo é quase inerente ao exercício de profissão. Acrescente ainda minha condição de professor que aposta na formação de novos profissionais. Não posso abrir mão do otimismo. Todos os problemas que se apresentam têm solução técnica. Precisamos construir a solução política, do reencontro da cidade consigo próprio. O caso do Rio de Janeiro, da chamada cidade partida, desigual, se dá pela impossibilidade de a cidade se reencontrar com a sua paisagem, conhecida no mundo inteiro, patrimônio da humanidade. É uma luta política de construção de outro modelo de cidade que possa ser mais justa, mais democrática e humana.

Nossa profissão está comprometida com a ideia de um horizonte utópico. A gente precisa assumir esse papel e não capitular diante das exigências do sistema econômico que dita regras diferentes. É inacreditável como uma região como a Barra da Tijuca que tem um potencial paisagístico exuberante possa estar sendo massacrada pela especulação imobiliária e transformada em um lugar ruim para se viver. É inacreditável que todo aquele complexo lagunar esteja poluído, que a gente esteja aterrando as margens da Lagoa de Jacarepaguá para construir empreendimentos imobiliários como o Rio 2, Ilha Pura, que são atentados contra a paisagem e o meio ambiente.

Tags: Cristovao Duarte, Direito à paisagem, entrevista, paisagismo
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