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Home » Notícia, Notícias, Notícias CAU/BR, Notícias CAU/RJ » Entrevista

Entrevista

CAU/RJ entrevista o arquiteto e urbanista Hélio Brasil

13 de novembro de 2013

Hélio Brasil“O grande número de profissionais lançado no mercado pelos cursos que se multiplicaram nas últimas décadas deveria ser uma preocupação dos órgãos de classe e dos governos. Por outro lado, a expansão tecnológica abriu muitos nichos onde o arquiteto pode atuar. Com algum otimismo, acredito que haverá trabalho para as diferentes áreas profissionais”, avalia o arquiteto e urbanista Hélio Brasil sobre as transformações no mercado de trabalho e na profissão.

 

1- Nestes últimos 20 anos quais as transformações sofridas pela categoria?
A adequação ao mercado de trabalho parece destino imposto aos arquitetos por lidarem, sobretudo, com um produto cultural (nem sempre assim percebido), econômico e tecnológico, e que é afetado por variáveis em permanente mutação no mundo globalizado, super populoso e concentrado nas cidades. Tais aglomerações deveriam aumentar o mercado de trabalho para arquitetos, mas, contraditoriamente, as oportunidades parecem se estreitar. O grande número de profissionais lançado no mercado pelos cursos que se multiplicaram nas últimas décadas (há mais de 20 anos, por certo) – talvez despreparados e certamente ignorados pelas limitações culturais – deveria ser uma preocupação dos órgãos de classe e dos governos.
Por outro lado, a expansão tecnológica abriu muitos nichos onde o arquiteto pode atuar. Com algum otimismo, acredito que haverá trabalho para as diferentes áreas profissionais e, por certo, para arquitetos e urbanistas.

 

2- Neste mesmo período, em função dos avanços tecnológicos em particular a informática, quais as mudanças mais expressivas ocorridas no exercício da profissão?
O desenvolvimento técnico dos projetos, antes trabalho demorado e exaustivo, é hoje bastante aperfeiçoado graças às interações proporcionadas pela informática onde a margem de erro parece reduzida. Por outro lado, ocorre uma tendência à padronização do detalhamento, o que é um ganho e, ao mesmo tempo, uma tendência à repetição. Contudo, a oferta de instrumentos ágeis não tolhe a criatividade, antes lhe dá mais ferramentas. O mercado, no entanto, prefere sempre o que lhe facilita e amplia os ganhos. Será um desafio para os arquitetos, a favor da boa obra, aprender a lidar com estes fatores.

 

3- Como resultado das perguntas anteriores, como você avalia os novos rumos da profissão em relação ao exercício e também ao produto arquitetônico?
Em primeiro lugar, face ao extraordinário avanço tecnológico, é vital reaparelhar os cursos de formação, não apenas revendo currículos, mas reavaliando procedimentos pedagógicos condizentes com a atualidade. Os órgãos de classe precisam discutir a formação do arquiteto e, sobretudo, do urbanista. Parece-me uma temeridade, ao cabo de cinco anos de formação, a concessão de um vaidoso título de Arquiteto e Urbanista. Que instrumental oferecem tais cursos a seus alunos, no curto espaço de tempo, para lhes outorgar tal responsabilidade? Da mesma forma, a constante atualização dos profissionais deverá ser uma preocupação daqueles mesmos órgãos, através de cursos de extensão e especialização.
Não podemos nos iludir com as “benesses” da informática e seus maravilhosos gadgets…

 

4- Na sua opinião, como deve ser a posição de nossas entidades em relação a presença de escritórios e empresas de projetos estrangeiras no mercado de trabalho brasileiro?
Os órgãos de classe, regionais e nacionais, deverão lutar pela oferta de alternativas para que sejam convocados profissionais brasileiros. Cabem a eles, até para a formulação de políticas, as intervenções no espaço habitado. Será um processo recíproco de experimento e descoberta.
Mas que não se confunda esta posição com simples xenofobia. Seria ocioso e até absurdo negar a alta qualificação de alguns dos arquitetos ungidos pela escolha em nossas cidades. Contudo, a convocação parece visar o mero manuseio de grifes. Quando estes grandes nomes criam projetos em nosso território e precisam legalizá-los, ocorre o acobertamento profissional, situação constrangedora. Proporcionar concursos internacionais dando na competição iguais oportunidades aos da casa e aos estrangeiros, seria medida mais correta.
Não há, porém, como impedir a iniciativa privada de convocar arquitetos estrangeiros para elaborar projetos em nosso território. Seria o caso de uma licença especial concedida pelos órgãos públicos nas diferentes esferas de governo.
Creio que o CAU, o CREA, IABs, Sindicatos e demais órgãos deveriam procurar modelos de Concurso Público acessíveis, de modo a ampliar oportunidades para os profissionais brasileiros. Instrumentos de revalidação de diploma ou registros nacionais, no caso dos estrangeiros, poderiam ser paralelamente estudados, mas dando oportunidade às levas de profissionais brasileiros que saem das universidades sem rumo e sem perspectiva de trabalho.

 

5- Com a saída dos arquitetos e urbanistas do sistema CREA/CONFEA e a criação do CAU – lei Nº 12.378 – deverá se dar a divisão de atuação das demais entidades dos arquitetos?
Certamente os IABs, berço onde se acalentou o CAU, deverão concentrar-se na questão cultural da arquitetura, por si um tema de profundidade e importância óbvias. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo deverá exercer a vigilância sobre as atividades profissionais tentando evitar o mero caráter punitivo e arrecadador que, aparentemente, teria deformado a ação dos Conselhos. Cabe lembrar a fundamental atuação dos Sindicatos da categoria na relação de trabalho dos profissionais assalariados. Creio que essas entidades poderão convergir na busca pela ampliação do mercado de trabalho. A legislação sobre Autovistoria, por exemplo, é uma conquista valiosa sob muitos pontos de vista, com grande alcance social.

 

6- Como deverá ser equacionado o sombreamento da atuação profissional entre o arquiteto e o engenheiro civil, já que agora estão filiados em Conselhos próprios?
Caberá uma política de permanente aproximação com as categorias dos engenheiros e agrônomos, pois ambos também participam das transformações do espaço. O aspecto complementar entre as profissões não pode ser rompido e as lideranças dos dois órgãos (CAUs e CREAs) harmonizarão o processo, pois, disputas (se existem) trarão prejuízos a ambos os lados. Acredito que o “sombreamento” tenderá a se tornar cada vez mais tênue. Dos anos de 1950 aos nossos dias, os engenheiros afastaram-se da incumbência do projeto de arquitetura, cada vez mais empolgados com os desdobramentos das novas tecnologias que dominam e integram o cotidiano da sociedade. A tendência será um trabalho convergente, sem maiores conflitos.

 

7- Para efetiva aplicação das atribuições profissionais definidas pela Lei Nº 12.378, quais deverão ser as modificações no ensino de Arquitetura de modo adequá-lo ao que estabelece a lei?
A proliferação de cursos nos grandes centros joga no mercado legiões de arquitetos ainda (naturalmente) desprovidos de bagagem e de sentido crítico profissional e que não encontram nesse mercado acolhida e orientação.
Com este quadro, que comentamos em quesitos anteriores, e o oportunismo das negociatas imobiliárias que parecem inebriar os governos, levaremos longo tempo para corrigir as distorções e dar um destino mais consistente aos profissionais da arquitetura e do urbanismo aqui formados. O gesto demiúrgico e talentoso que cria uma cidade ou nela realiza intervenções pontuais exige, para seu êxito, além da participação interdisciplinar e a coordenação política do fenômeno, maturidade e vivência.

 

8- Qual a sua opinião sobre a Política Habitacional e Urbana(s) desenvolvida(s) hoje no país?
Sou extremamente pessimista quanto ao sucesso a curto prazo de qualquer política neste sentido pois dependerá de: melhor distribuição de renda, equilíbrio na oferta de equipamentos urbanos e parcelamento do solo urbano suportado por uma infraestrutura eficiente de transporte, abastecimento e saneamento.
A distribuição de renda mostrou alguma evolução, mas sem ações mais eficazes nos outros itens os resultados custarão a aparecer. Em sentindo mais amplo, a meu ver, o fracasso da política federalista, o centralismo clientelista, esvazia e desampara as políticas municipais que deveriam contar com assessores/especialistas nas políticas locais. Lastima-se o desaparecimento do IBAM.
Assim, os programas repetem, a meu ver, as falhas do passado, mas cabe entender que a pressão econômica e os interesses imobiliários sempre predominarão em qualquer projeto o que penaliza todas as classes sociais, sobretudo as populações de baixa renda. Para esta camada, as ações pontuais, mesmo falhas, teriam sido as melhores formas de atenuar o problema. Não comento a criminosa permissividade e a leniência quanto às invasões de áreas de risco e a ocupação de áreas de preservação.
Para a classe média, a oferta deve evitar os erros cometidos, por exemplo, como na Barra da Tijuca, onde um urbanismo formalista (aparentemente triunfal em Brasília) e míope quanto à infraestrutura urbana abandonou ou ignorou o transporte de massa (Metrô) e, até nossos dias, não oferece à área uma rede de saneamento compatível.

 

9- Como você classifica a qualidade da produção arquitetônica e urbanística em nossas cidades e até onde vai a responsabilidade dos arquitetos nestes projetos e obras?
Há (e sempre houve) interesses financeiros nestes caminhos. E assim, ficam sufocados dados importantes: uma visão mais generosa do espaço brasileiro e da tipicidade e história de suas cidades, e também, o processo de inclusão de populações periféricas que são aduladas para participar do processo de produção e esquecidas na oferta dos bens e serviços que a modernidade lhes pode proporcionar (vide redes e equipamentos urbanos na educação, na saúde, nos transportes e no saneamento).
Mas os arquitetos não podem ficar com o ônus exclusivo de combater as deformações. Precisam se sentir mais amparados pelo aparato legal. Mantemos esperanças na aplicação das novas propostas para a política urbana. Aos órgãos de classe caberá uma severa vigilância.

 

10- Quais deveriam ser as medidas concretas e objetivas de alteração da Lei Nº 8666 para que seja garantido o Concurso Público de Projetos como forma usual de licitação e contratação?
Antes de tudo, adequar os quadros da administração pública com profissionais melhor remunerados e capacitados a pensar o espaço urbano e a produzir projetos públicos. O Aterro do Flamengo, o Pedregulho, a Avenida Chile etc. foram projetados por servidores públicos.
Acredito que a luta para que se torne obrigatório o Concurso Público será árdua, tendo em vista as pressões do mercado, a falta de cultura e de percepção para o alcance da medida no sentido de qualificar a arquitetura como produto técnico e cultural. Os investidores imobiliários só esporadicamente tiveram tais preocupações e o máximo que se conseguiu foi, na legislação, impedir que a criação da arquitetura fosse licitada pelo preço. Mas são tradicionais as formas como o dispositivo é contornado e/ou ignorado.
O concurso arquitetônico, no caso de órgãos públicos, tem que ser defendido pelos órgãos de classe e, por certo, o CAU deverá capitanear o processo. Não será fácil e não percebo solução à vista. Uma primeira medida será facilitar as formas de apresentação dos trabalhos, nos certames, abreviando prazos e, ao lado dos IABs, mantendo vigilância sobre as contratações posteriores ao concurso. No âmbito da iniciativa privada, a ignorância do significado técnico e cultural do projeto e suas vantagens só será superada com a evolução natural de seus agentes e a participação de arquitetos e urbanistas entre seus consultores.

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