Documentário Crônica da Demolição será exibido no CAU/RJ dia 19 de abril
12 de abril de 2017 |
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O CAU/RJ realiza no dia 19 de abril, às 18 horas, a exibição do filme Crônica da Demolição. Será no auditório da nova sede do CAU/RJ (Av. República do Chile 230 – 2º andar). Ao final, o diretor do filme, Eduardo Ades, estará à disposição para perguntas. Quem desejar assistir ao filme, que teve patrocínio do CAU/RJ, deverá fazer a pré-inscrição aqui. A capacidade do auditório é de 150 lugares.
Crônica da Demolição é um documentário de 90 minutos que conta a história do Centro do Rio de Janeiro, ao longo do século XX, a partir do caso do Palácio Monroe, antiga sede do Senado Federal. O filme discute o processo histórico que culminou na demolição do Palácio Monroe e as dúvidas que ainda persistem sobre o assunto, por meio de entrevistas com Alexandre Nicolaeff, Cesar Maia, Humberto Barreto, Noel de Almeida, entre outros.
Produzido pelas empresas Imagem-Tempo e Tela Brasilis, com coprodução do Canal Brasil, o documentário apresenta centenas de fotos antigas e 26 filmes de arquivo –incluindo um raro registro a cores da demolição do palácio – resultado de um ano de pesquisa em mais de 30 acervos e instituições. Suas filmagens foram realizadas no Rio de Janeiro – lançando um novo olhar sobre o centro da cidade –, no Senado Federal, em Brasília, e em Uberaba, na fazenda que hoje abriga um portão e os leões do palácio.
O filme foi selecionado no Edital de Patrocínio Cultural nº1/2016 do CAU/RJ. A empresa Imagem-Tempo Produções Cinematográficas recebeu R$ 35 mil do Conselho para finalização e divulgação do documentário. O filme entrará em cartaz no dia 11 de maio de 2017, nas cidades de Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Palácio Monroe
O Palácio Monroe foi construído pela primeira vez na Exposição Universal de St. Louis (1904), nos Estados Unidos, como o Pavilhão do Brasil, onde ganhou o primeiro prêmio internacional da arquitetura brasileira. Em 1906, o edifício foi reconstruído na então Avenida Central, no Rio de Janeiro, recebendo, posteriormente, o nome de Palácio Monroe em homenagem ao presidente norte-americano James Monroe.
O local abrigou o Senado Federal de 1925 a 1960 – exceto durante o Estado Novo (1937-1945), quando Getulio Vargas fechou o Congresso. Após a transferência da capital para Brasília, no entanto, o palácio perdeu seu uso e passou a abrigar diferentes órgãos do governo federal.
Com as transformações no Centro do Rio e a intensa especulação imobiliária a partir do final da década de 60, o arquiteto Paulo Santos encaminhou ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual IPHAN) uma proposta para tombar o conjunto arquitetônico da Avenida Central, evitando que a paisagem construída na administração do prefeito Pereira Passos se perdesse. Devido ao não-reconhecimento do mérito arquitetônico e artístico dos prédios, acompanhado de uma pressão do governo, apenas o Palácio Monroe e os prédios do Jockey e Derby Club não foram tombados. Em menos de três anos, os prédios acabaram demolidos.
No lugar do Jockey e do Derby foi erguido um arranha-céu de 40 pavimentos. Entretanto, no local ocupado pelo Monroe, nada foi feito. A praça vazia fez, durante décadas, a população carioca evocar a história do palácio e questionar sua demolição.
Fonte: Com informações da Imagem-Tempo