Demetre Anastassakis lê carta ao jovem arquiteto e urbanista
19 de dezembro de 2017 |
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Jerônimo de Moraes, Tânia Chuéke, Demetre Anastassakis e Jayme Zéttel (Crédito: Ricardo Lopes)
Antes de anunciar a aluna da PUC-Rio Juliana Nunes como vencedora do II Prêmio Grandjean de Montigny, na sexta-feira, 15 de dezembro, o presidente da comissão julgadora da competição, arquiteto e urbanista Demetre Anastassakis, destacou que um dos papeis do CAU/RJ é fortalecer as boas experiências das entidades de arquitetura e urbanista e “jogar” os jovens arquitetos no mundo.
Em carta dirigida aos jovens arquitetos, o júri ressaltou que os trabalhos finais de graduação dos finalistas expressam demandas reais e podem até ser embriões de programas, apesar de muito adequadas a seus sítios. “Grande honra para nós do júri, ‘arquitetos de ofício’, com rodagem em projeto e obra, a tarefa de dar um recado, um manifesto, aos nossos jovens formados, que se aventuram pela profissão. Mas quem deu o tom do recado foram os três concorrentes, e seus orientadores, através dos próprios projetos”, afirmou Anastassakis.
Emocionado, o presidente da comissão julgadora fez questão de parabenizar o trabalho e o papel dos orientadores na formação dos jovens profissionais: “e uma palavra firme de estímulo e agradecimento aos orientadores, professores, acadêmicos, mas todos, com certeza ‘arquitetos de ofício’, como o são os nossos colegas João Calafate, Ana Slade, Guilherme Lassance e Vera Hazan, que souberam canalizar a pesquisa acadêmica ao desenho e à obra, com risco e desenho na metrópole do Rio.”
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O anúncio do vencedor do II Prêmio Grandjean de Montigny ocorreu no Dia do Arquiteto e Urbanista, 15 de dezembro, em cerimônia no auditório do CAU/RJ. A comissão julgadora, composta pelos arquitetos Tânia Chuéke, Jayme Zéttel e Demetre Anastassakis, escolheu o trabalho “Complexo Cultural de Alcântara: biblioteca como catalizador de mudanças sociais e urbanas em São Gonçalo”, da aluna da PUC-RIO Juliana Nunes, como ganhador da competição. Os outros projetos concorrentes foram: “Plano de desenvolvimento local do Morro Azul”, de Fernando Bonini, aluno da Universidade Santa Úrsula, e “Plataforma urbana em Deodoro”, de Douglas Azevedo Pestana, aluno da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O prêmio, cujo objetivo é valorizar o ensino e estimular a produção acadêmica, é também uma homenagem ao arquiteto francês Auguste Henri Grandjean de Montigny, membro da missão artística francesa que chegou ao Rio de Janeiro em 1816. O arquiteto foi responsável por alguns dos primeiros projetos em estilo neoclássico construídos na cidade, como a atual Casa-França Brasil e a Academia Imperial de Belas Artes. Assim como em 2016, concorreram ao Grandjean de Montigny os trabalhos finais de graduação vencedores do Prêmio Arquiteto do Amanhã, promovido pelo Departamento.