Conheça algumas realizações do Conselho e planos para o próximo ano

Prédio da nova sede do CAU/RJ

Há cinco anos, no dia 15 de dezembro de 2011, os primeiros Conselheiros do CAU/RJ tomavam posse em sessão solene realizada no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Nesses primeiros anos de existência, o Conselho se estruturou e se desenvolveu como órgão de fiscalização da atividade profissional e, principalmente, de valorização do arquiteto e urbanista.

A história do CAU, contudo, começa muitos anos antes e envolve uma longa trajetória para a conquista de um Conselho independente. A profissão de arquiteto e urbanista no Brasil também não surge com o nascimento do CAU. Antes da autarquia ser criada, outras entidades já organizavam a profissão e lutavam pelos direitos dos profissionais e pelo reconhecimento de seu papel pela sociedade. Entidades com as quais, o CAU/RJ tem caminhado lado a lado.

Este mês de dezembro marca, ainda, o segundo ano da gestão 2015-2017. O momento, portanto, não poderia ser mais adequado para revermos nossas conquistas e repensarmos nossos desafios e metas para o futuro.

Em 2016, uma das mais importantes conquistas do Conselho foi a materialização de um antigo desejo, o de ter uma sede própria. A aquisição se baseou em alguns pilares: os da necessidade, possibilidade, oportunidade e transparência. Necessidade, considerando que a atual sede, não oferecia espaço para ampliação do Conselho nos próximos anos e não podia oferecer aos arquitetos e urbanistas benefícios como a realização de eventos e cursos, dadas as suas limitações físicas, além de não considerar as normas de acessibilidade.

Possibilidade, já que o Conselho tinha capital disponível, especificamente, para este fim. Oportunidade, pois o CAU canalizou seus recursos para comprar um imóvel que atendesse suas necessidades considerando a melhor relação custo-benefício. E por fim, a compra da nova sede foi feita, sobretudo, com transparência.

Em um momento em que esquemas irregulares envolvendo verba pública estão vindo à tona, a transparência das instituições se torna ainda mais necessária e desejável. Neste ano de 2016, o Conselho de Arquitetura implantou seu Portal da Transparência, permitindo que os arquitetos e urbanistas e a sociedade em geral possam acompanhar e controlar suas ações.

Grupos de trabalho na II Conferência Estadual de Arquitetos e Urbanistas (Foto: Fernando Alvim)

A defesa do projeto completo esteve entre os principais focos do CAU/RJ. Este foi o tema da II Conferência Estadual de Arquitetos e Urbanistas e 5º Encontro com a Sociedade, que reuniu 500 participantes durante o mês de setembro. A questão foi levada ainda aos candidatos a prefeito e a vereador do Rio de Janeiro, em uma carta assinada pelo Conselho e pelas entidades que integram o Colégio de Entidades de Arquitetura e Urbanismo.

Foi proposto um pacto pelas cidades, que tenha como eixos fundamentais a institucionalização de sistemas de planejamento urbano, a consolidação de uma gestão metropolitana, a avaliação e o monitoramento de políticas públicas e realização de obras públicas, além da efetiva participação da sociedade civil. O planejamento urbano voltou a ser discutido na campanha produzida pelo CAU/BR para o dia do Arquiteto e Urbanista, que teve a adesão do CAU/RJ. Durante o mês de dezembro e, no começo de janeiro, peças da campanha circulam no VLT e nas principais linhas de ônibus da cidade com o mote “O planejamento urbano melhora nosso lugar no mundo, concorda prefeito”?

O dia do arquiteto e urbanista foi marcado ainda pela entrega do I Prêmio Grandjean de Montigny, concedido ao projeto “Manguinhos submerso – Operação Urbana”, de Adara Nataly Loureiro. Criado em homenagem ao primeiro professor de arquitetura e urbanismo do Brasil, a premiação busca estimular a atividade acadêmica. Para estar mais próximo dos estudantes, o CAU/RJ participou de colações de grau e promoveu palestras em universidades para debater questões como a Reserva Técnica.

Colação de grau da FAU/UFRJ 2016 (Foto: Ricardo Lopes)

Ampliar a atuação do Conselho para além da capital carioca e estar mais presente nas cidades do interior do estado é outro objetivo da atual gestão do CAU/RJ. Nesse sentido, o Conselho deu continuidade ao Programa de Atendimento Itinerante e realizou palestras em diversos municípios. Em julho deste ano, o CAU/RJ também abriu seu primeiro Posto de Atendimento, o da Região Leste Metropolitana, na cidade de Niterói, que concentra o segundo maior número de profissionais, depois da capital. E, para 2017, o CAU/RJ planeja criar um novo Posto de Atendimento, desta vez em Campos dos Goytacazes, por meio de uma parceria com a Associação Norte-Fluminense de Engenheiros e Arquitetos (Anfea).

Outro ponto importante a destacar foi o convênio realizado com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) para o 27º Congresso Mundial da União Internacional dos Arquitetos, que será realizado no Rio de Janeiro em 2020, reunindo cerca de 15 mil profissionais de todo o mundo. Em 2015, o CAU/RJ havia assinado a primeira etapa do convênio, para a realização do concurso da marca do Congresso, cujos vencedores foram anunciados em fevereiro deste ano. A segunda etapa do convênio, assinada em novembro, é destinada ao concurso para a escolha do projeto do estande brasileiro no 26º Congresso UIA 2017, em Seul, Coreia do Sul.

Em 2016, o CAU/RJ deu continuidade ao seu programa de patrocínio cultural, selecionando 12 projetos de livros, eventos, exposições e documentários sobre Arquitetura. O 1º Festival Internacional de Cinema de Arquitetura (Archcine) e o II Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelas (Urbfavelas), que aconteceram em novembro, foram alguns dos contemplados. Outros projetos, selecionados em 2015, também foram lançados como a plataforma de financiamento coletivo Arquiteto de Família, da ONG Soluções Urbanas, o livro Carlos Leão Arquitetura e a exposição fotográfica Niemeyer em Niterói.

Estes foram alguns resultados do trabalho realizado ao longo do ano. Em 2017, a assistência técnica será uma de nossas bandeiras, já que o CAU/BR e os Conselhos estaduais destinarão 2% de seu orçamento para financiar ações de assistência técnica em habitações de interesse social. Além disso, continuaremos trabalhando para ampliar o reconhecimento pela sociedade do papel do arquiteto e urbanista, defendendo o projeto completo, o planejamento e desenvolvimento de nossas cidades. Contamos com o valioso trabalho de nossos Conselheiros, funcionários e parceiros para dar continuidade à nossa missão de fortalecer o exercício profissional e valorizar a Arquitetura e o Urbanismo em suas múltiplas dimensões.