Conferência CAU/RJ de Arquitetos e Urbanistas: Sessão promove avaliação crítica sobre o Conselho
31 de outubro de 2013 |
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Abrir-se às propostas e ao pensamento crítico de colegas de profissão. Foi com este propósito que se organizou a mesa “Avaliação Crítica do CAU/RJ”, durante a Conferência CAU/RJ de Arquitetos e Urbanistas, nesta quinta-feira (31/10), na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no Centro do Rio.
Confira como foram as demais mesas da Conferência CAU/RJ:
“Reestruturação urbana e as cidades do futuro”
“O cenário panamericano das organizações profissionais”
“Desafios para a mobilidade e acessibilidade nos centros urbanos”
“As lições de Dallas e Medellín”, duas cidades que renasceram através da Arquitetura e do Urbanismo
“A memória das cidades brasileiras sob risco permanente”
Em sua breve exposição, o presidente do CAU/RJ, Sydnei Menezes, lembrou a todos os presentes que o Conselho ainda não completou dois anos de existência e, portanto, ainda se encontra em processo de formação. “Esta é uma das razões por que a entidade deve estar totalmente aberta às contribuições de todos os envolvidos com arquitetura e urbanismo, seja no Rio de Janeiro ou em outros estados da Federação”, destacou.
Por sua vez, o conselheiro do CAU-RJ Adir Ben Kauss, ex-presidente do IAB, lembrou que a discussão a respeito da filiação dos arquitetos a um órgão próprio foi sendo forjada ao longo dos anos, a partir da consideração de que, na época do conselho anterior, os arquitetos eram minoritários e várias questões relevantes para a categoria simplesmente deixavam de ser debatidas.
“Precisávamos de um Conselho que fosse visto pela sociedade como defensor de seus direitos, inclusive punindo os profissionais que rompessem com os seus compromissos éticos. Em suma, a saída para criarmos o CAU pode muito bem ser considerada como uma forma de afirmação da nossa profissão, que saiu da zona de sombra do CREA”, disse Ben Kauss.
O arquiteto Heitor Ferreira salientou a necessidade de definir bem o que o CAU-RJ pode e deve fazer, no contexto do conjunto de atribuições que lhe cabem. Segundo Ferreira, ainda há indefinição com relação a pontos relevantes. Já Eduardo Fajardo, presidente do Sindicato dos Engenheiros de Minas Gerais e conselheiro do CAU-MG, falou sobre a importância de o CAU participar de mais fóruns de discussão multiprofissionais.
Jeferson Salazar, presidente da Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA), elogiou a chapa única que constituiu a primeira diretoria do CAU-RJ e deu ênfase ao grande trabalho que a entidade vem prestando no âmbito do Rio de Janeiro. Porém ressalvou que o Conselho deve investir em campanhas de valorização da profissão, mostrando o verdadeiro papel social do trabalho dos arquitetos e urbanistas.
“Devemos seguir o exemplo do que fizeram os advogados e os médicos: realizaram ao longo dos anos várias campanhas que mostraram a importância de sua profissão”, disse Salazar.
Adir Ben Kauss anuiu à fala do presidente da FNA e lembrou que a história de uma profissão é feita pelos profissionais que mais combatem por ela. “Isto também é papel do CAU”, finalizou.