CAU/RJ solidariza-se às vítimas da tragédia da ocupação do Largo Paissandu
2 de maio de 2018 |
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Escombros do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou na madrugada de 1º de maio em São Paulo (crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil)
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ) manifesta, publicamente, solidariedade às famílias vítimas do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo Paissandu, em São Paulo. Rechaça ainda a tentativa vil de responsabilizar as famílias e os movimentos sérios, que trabalham e lutam pelo direito à moradia, preceito constitucional a ser respeitado e perseguido por todos.
A real causa dessa tragédia visível e ruidosa, como igualmente “escondida” e silenciosa de famílias que vivem nas ruas ou em condições deploráveis de habitat, obrigadas muitas vezes a arcarem com aluguéis abusivos, é a não efetivação do direito à cidade pelo poder público, em todas as esferas de governo. O descaso na implementação de uma política de habitação consistente é observado em São Paulo, assim como no Rio de Janeiro.
A fim de ampliar a informação e a visão dos arquitetos e urbanistas sobre o tema, divulgamos (clique aqui) manifesto assinado por várias entidades sobre a tragédia dessa terça-feira, 1º de maio, incluindo entidades de assistência técnica de arquitetos locais, centros de pesquisa de arquitetura em Universidades e pelo Sindicado de Arquitetos de São Paulo (Sasp). Com o mesmo objetivo de difusão da informação, publicaremos uma série de matérias sobre o tema nos próximos dias. Serão objeto de pauta experiências exitosas de ocupações de imóveis públicos vazios organizados por movimentos de moradia no Centro do Rio e de São Paulo, que posteriormente foram reconhecidas e financiadas sua requalificação pelo programa Minha Casa Minha Vida. Realizou-se assim não só o direito à moradia, como se fez cumprir a função social da propriedade, ambos preceitos constitucionais.