CAU/RJ ratifica manifestação do CAU/BR contra ampliação da carga horária do EaD para cursos de graduação
19 de fevereiro de 2020 |
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A Plenária do CAU/RJ aprovou por aclamação manifestação do CAU/BR contrária à portaria MEC nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019. A iniciativa do Poder Executivo amplia a porcentagem da carga horária, na modalidade de Ensino a Distância (EaD), para os cursos de graduação ofertados por Instituições de Educação Superior (IES). A Reunião Plenária do CAU/RJ ocorreu na terça-feira, 18 de fevereiro.
O documento do CAU/BR, ratificado pelo conselho do Rio de Janeiro, diz que a ampliação da porcentagem da carga horária na modalidade de EaD cerceia e prejudica a formação profissional teórico-prática do arquiteto e urbanista, podendo trazer sérios danos, com riscos à segurança, à integridade física, à saúde, à educação, ao patrimônio, ao meio ambiente e ao bem-estar da sociedade.
Não é a primeira vez que o CAU/BR se apresenta como crítico à proposta de ampliação da carga horária do EaD para os cursos de graduação, em especial aos cursos de Arquitetura e Urbanismo. No dia 21 de abril de 2018, a autarquia divulgou carta em que discorda com a oferta de cursos de graduação na modalidade EaD.
“Arquitetura e Urbanismo é um ofício que, da mesma forma que a Medicina e o Direito, entre outras importantes profissões, tem seu exercício regulamentado por relacionar-se com a preservação da vida e bem-estar das pessoas, da segurança e integridade do seu patrimônio, e da preservação do meio ambiente. Por isso mesmo exige, em sua formação, acompanhamento presencial de forma muito próxima em atelieres, laboratórios, canteiros experimentais e outros espaços pedagógicos vivenciais, o que definitivamente não pode ser alcançado em cursos oferecidos à distância”, diz trecho da carta.
Para o conselheiro e coordenador da Comissão de Ensino e Formação (CEF) do CAU/RJ, Pablo Benetti, a manifestação do CAU/BR é oportuna e deve ter ampla divulgação através da CEF. O vice-presidente do CAU/RJ Edivaldo Cabral tem o mesmo entendimento. “Devemos dar publicidade da manifestação não só entre os colegas conselheiros, mas escolas de Arquitetura e Urbanismo e entidades profissionais”, defendeu.