2º Encontro CAU/RJ com a Sociedade propõe olhar multidisciplinar sobre questões urbanas
| 30 de outubro de 2013 |
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Entidades manifestaram visões distintas sobre a questão urbana (Fernando Alvim / Divulgação CAU/RJ)
Questões ligadas a legislação, construção civil, projetos sociais e grandes obras pelas quais passa a cidade do Rio de Janeiro foram abordadas na abertura do 2º, Encontro CAU/RJ com a Sociedade, com a participação de Sydnei Menezes, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU-RJ); Roberto Kaufman, vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan); Adauto Cardoso, professor adjunto do IPPUR/RJ; Flávio Ahmed, diretor geral da Escola Superior de Advocacia da OAB/RJ; e Vítor Halfen, diretor da Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo (FeNEA).
“Pela melhoria da mobilidade e acessibilidade urbana”, saiba como foi a mesa sobre Mobilidade Urbana
Adauto Cardoso lembrou a todos os presentes que urbanismo não é mais apenas um traço no papel, na prancheta ou no computador. Implica, antes de tudo, chamar a sociedade para as discussões mais relevantes, fazê-la participar efetivamente da construção das cidades.
“Sofremos com a visão reducionista, oriunda do modernismo, que concebia as cidades como massas edificadas em torno de eixos, como dizia Lúcio Costa. Ocorre que as cidades são muito mais do que edificações. Hoje é preciso contemplar os aspectos social, econômico, cultural, energético, ambiental, logístico, etc. Daí a importância de iniciativas como esta do CAU/RJ para tratar dessas questões”, afirmou o professor Adauto Cardoso.
Como anfitrião, Sydnei Menezes saudou a todos os integrantes da mesa de abertura e salientou a preocupação do CAU/RJ em fixar a obrigatoriedade regimental para a realização dos encontros anuais com representantes de entidades ligadas, direta ou indiretamente, às questões urbanísticas.
“Já dizia o grande Sérgio Bernardes que o arquiteto é o intérprete do desejo dos seus clientes, em escala individual, e dos cidadãos, em escala coletiva. Tendo em vista a importância deste último ponto, estabelecemos este fórum permanente com a certeza de que dará muitos frutos, a partir dos documentos a serem emitidos ao final de cada encontro”, frisou o presidente do CAU/RJ.
Secretário Carlos Minc destacou avanços obtidos no Estado do Rio de Janeiro nas últimas décadas (Fernando Alvim/ Divulgação CAU/RJ)
Vítor Halfen, da FeNEA, ressaltou a importância do espaço de diálogo aberto pelo CAU/RJ com a sociedade, sobretudo por chamar as associações de moradores a participar da discussão acerca da utilização dos espaços públicos, juntamente com os arquitetos. Por sua vez, Flávio Ahmed, representante da OAB/RJ, lembrou que hoje a ordem urbana é um direito do cidadão devidamente contemplado na Constituição, além de elogiar a parceria com o CAU/RJ para tratar de questões relativas ao Estatuto da Cidade – que entre o seu rol de direitos tem como tópico mais relevante a questão ambiental.
O vice-presidente da Firjan, Roberto Kaufman, destacou a Lei de Autovistoria, em vigor no município do Rio e que determina que os prédios com mais de cinco anos emitam laudos elaborados por arquitetos e engenheiros, para atestar a segurança, estabilidade e conservação das edificações. Falou também da nova norma de desempenho com relação à especificação de materiais de construção, com vistas a melhorar a qualidade das moradias. A norma também aborda questões como isolamento térmico e acústico, entre outras. Por fim, enumerou os benefícios dos projetos de mobilidade em curso na cidade do Rio de Janeiro, como a Transoeste e a Transolímpica.
O 2ºEncontro CAU/RJ com a Sociedade é uma discussão anual promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro com o objetivo de discutir o papel social da Arquitetura e Urbanismo e aproximar os profissionais das atuais demandas da população do Estado do Rio de Janeiro.
