8M: Dia Internacional das Mulheres discute inovação e tecnologia para a igualdade de gênero
8 de março de 2023 |
|
O Dia Internacional da Mulher é uma data de celebração e reconhecimento das lutas das mulheres para ampliar seus espaços e direitos na sociedade. Neste 8 de março, a Organização das Nações Unidas escolheu o tema “Por um mundo digital inclusivo: inovação e tecnologia para a igualdade de gênero”.
As ações da organização vão explorar o impacto da lacuna de gênero digital na ampliação das desigualdades econômicas e sociais, além de destacar a importância de proteger os direitos de mulheres e meninas em espaços digitais e abordar a violência baseada em gênero online, facilitada por tecnologias da informação e da comunicação.
A coordenadora da Comissão de Diversidade e Equidade do CAU/RJ, Alyne Reis, falou um pouco sobre os desafios e conquistas das mulheres, em especial, as arquitetas e urbanistas.
“No dia 8 de março prestamos homenagem àquelas que vieram antes de nós e puderam, através da luta, abrir caminhos para que hoje possamos rememorar essa data. Reforço a lembrança de olharmos para o nosso seio familiar e reverenciar as mais velhas como precursoras da possibilidade de muitas das nossas conquistas.
Ao olhar para o hoje e o amanhã, é importante reivindicar os lugares que ainda nos são negados. 58% dos profissionais com registro ativo são mulheres, entretanto, em nem todos os lugares, principalmente nos cargos mais altos e de maior remuneração, estamos presentes. Quando a perspectiva passa para mulheres negras, esses lugares se tornam invisíveis, e não porque mulheres negras não detêm ferramentas para galgar tais ocupações, mas pelo racismo que estruturou nossa sociedade. A luta é importante para que essa estrutura se mova e possamos enxergar mulheres negras nesses espaços: nas salas de aula, nas empresas, em instituições, entre tantos outros.
Rememoro Carolina Maria de Jesus que, através de sua literatura nos questiona sobre as desigualdades desses espaços, das mazelas cotidianas impostas nas cidades, nos Quartos de Despejos, lugares periféricos que são potências que carecem da efetividade do Estado.
Portanto, além de celebrar, é preciso assegurar o direito das mulheres à segurança ao transitar pela cidade, à mobilidade, à emancipação econômica e política, a partir de melhores condições de emprego e igualdade salarial, à saúde, o respeito à diversidade, ao gênero, a orientação sexual e a inclusão.
Somos muitas! Somos diversas! Que juntas possamos caminhar e estruturar uma profissão e uma sociedade mais justa para nós”.