2º Encontro CAU/RJ com a Sociedade: avanços e desafios para Desenvolvimento Sustentável
30 de outubro de 2013 |
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Secretário de Ambiente Carlos Minc destacou avanços obtidos no Estado do Rio de Janeiro
(Fernando Alvim/ Divulgação CAU/RJ)
Avanços obtidos nas últimas décadas e desafios para o Estado do Rio de Janeiro foram tema da mesa “Desenvolvimento Sustentável”, no 2º Encontro CAU/RJ com a Sociedade, realizado nesta quarta-feira (30), na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, no Centro do Rio.
Em sua apresentação, o secretário de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, destacou como avanços a redução no desmatamento da Mata Atlântica, a diminuição dos lixões e a instalação de aterros sanitários; e mudanças no processo de licenciamento ambiental.
Minc chamou a atenção para a necessidade os municípios criarem consórcios para tratar a questão do lixo e ressaltou que a ecologia urbana começa com água, lixo e esgoto. “Ainda há muito a fazer nesta complexa questão, que não é apenas ambiental, mas também social”, afirmou.
O presidente da Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA), Jeferson Salazar, que mediou a mesa, enumerou os avanços consignados pela Carta Latino Americana da Paisagem e a Convenção Europeia da Paisagem, firmadas durante a Rio +20 e que passam a ver o ser humano como protagonista das questões relativas à paisagem.
“Muitas indústrias ainda têm pouca ou nenhuma preocupação com os efeitos da sua produção sobre populações inteiras. Direitos coletivos e sociais são essenciais, inalienáveis e absolutos devem estar acima de direitos individuais e econômicos”, afirmou.
O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FAU/UFRJ), Roberto Anderson, por sua vez, fez um histórico relativo aos paradigmas ambientais nas últimas décadas, com destaque inicial para a Conferência de Estocolmo, em 1972, que gerou ações pontuais em vários países. De acordo com Anderson, foi ultrapassada a dicotomia desenvolvimento x meio ambiente e se chegou à noção da cidade como espaço para ajuste ambiental.
“Apesar de alguns aspectos positivos pontuais no tratamento dessas questões, ainda há muito a evoluir no tocante à formulação de políticas públicas relacionadas ao desenvolvimento sustentável”, advertiu Anderson.
A possibilidade de tratar questões internacionais ligadas ao meio ambiente sem desrespeitar fronteiras nacionais foi citada pelos palestrantes como exemplo da evolução, ao longo das últimas décadas, na maneira de tratar o desenvolvimento sustentável – caso específico do Parque Nacional do Iguaçu, no Brasil, e do Parque Nacional Iguazú, na Argentina, em que os dois países são corresponsáveis por uma série de iniciativas em comum.
Entre os problemas ainda sem resolução, foram mencionadas a expansão desordenada da malha urbana e a existência de lixões insalubres que ainda tornam várias comunidades ambientalmente vulneráveis.
O 2º Encontro CAU/RJ com a Sociedade é uma discussão anual promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro com o objetivo de discutir o papel social da Arquitetura e Urbanismo e aproximar os profissionais das atuais demandas da população do Estado do Rio de Janeiro.